segunda-feira, 15 de abril de 2013

Fobia Social _ Transtorno Fóbico social

É normal sentir um certo desconforto em situações sociais que nos colocam em evidência, como falar em público, fazer uma apresentação acadêmica ou profissional dentre outras. No início, algumas sensações desconfortáveis nos dominam até que aos poucos vamos nos adaptando ao ambiente e superando a ansiedade. Mas o que fazer quando o medo se torna tão irracional e insuportável que a ansiedade experimentada leva a pessoa a evitar tais situações, por serem percebidas como ameaçadoras? Quando  isso ocorre e afeta a maneira de viver da pessoa, podemos estar diante de um Transtorno de Ansiedade Social chamado de fobia social, vulgarmente chamado de sociofobia. Para saber mais, assista o vídeo a seguir:

sábado, 13 de abril de 2013

Transtorno de Estresse Pós-traumático

O transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), estado de stress pós-traumático ou ainda síndrome pós-traumática, é um transtorno psicológico que ocorre em resposta a uma situação ou evento estressante (de curta ou longa duração), de natureza excepcionalmente ameaçadora ou catastrófica. O problema é comum em vítimas de sequestro, assalto, estupro, violência urbana, agressão física, terrorismo, tortura, acidentes, guerras e catástrofes naturais.

É natural que qualquer pessoa fique transtornada em situações traumáticas. Entretanto, quando as alterações no sujeito afetam sua vida e sua forma de funcionar no mundo, é preciso procurar ajuda. É preciso estar atento às várias comorbidades que podem ocorrer pelo não tratamento do trauma psicológico. Como por exemplo, os transtornos somatoformes, que são as antigas doenças chamadas psicossomáticas, fibromialgia, cefaleia, os transtornos de ansiedade como a fobia, o transtorno do pânico, o abuso de substâncias, pressão maior.

Trata-se de um transtorno muito comum, porém pouco conhecido. O estresse pós-traumático se diferencia dos demais transtornos de ansiedade e da maioria dos transtornos mentais por ser causado a partir de um fator externo. O aparato mental do homem é capaz de lidar com situações estressantes sem que isso deixe cicatrizes, há, contudo limites a partir dos quais o funcionamento mental fica perturbado. Provavelmente isso ocorre quando os mecanismos de enfrentamento e suporte contra estresse estão fracos ou quando os estímulos são fortes demais. Portanto, pessoas podem vivenciar a mesma experiência e afetar de formas diversificadas. Alguns superam a experiencia com facilidade, outros acabam precisando de ajuda profissional para enfrentar a questão. Muitas vezes, a vida pessoal e profissional do sujeito é afetada, trazendo algum tipo de prejuízo funcional.

Em determinada ocasião, fui assaltada em frente ao local que trabalhava. Era dia, estava aguardando o ônibus sair da frente da garagem, para que eu pudesse entrar no estacionamento com o meu carro. Um jovem se aproximou da janela do carro, exigindo que eu entregasse meu celular. No momento, apenas tremia e não conseguia alcançar rapidamente o lugar onde estava o aparelho. Logo que encontrei, entreguei ao assaltante o objeto e entrei no estacionamento. Meu corpo todo tremia e em minha mente eu revivia os segundos de ameaça repetidamente. Um misto de angústia e raiva me invadia e alterava meus batimentos cardíacos, revivendo repetidamente aquele turbilhão de emoções. Nos primeiros dias após o ocorrido, bastava eu me aproximar do lugar, para que todas àquelas sensações tomassem conta de mim. Com o tempo, superei meus medos e aprendi a tomar algumas providências que evitassem a repetição do ocorrido, tornando minha passagem pelo local um evento comum outra vez. No entanto, fiquei me perguntando como seria se não tivesse conseguido. Como seria enfrentar diariamente aquelas sensações? Será que eu conseguiria voltar a trabalhar no mesmo lugar?  Pois foi a partir dessa experiência que eu percebi como a nossa forma de ver o mundo pode ser transformada por um evento estressante ou uma experiência de catástrofe. Talvez, se eu estivesse em um momento de vida fragilizado, tudo pudesse resultar em um transtorno de estresse pós-traumático. A magnitude do evento e o momento de vida da pessoa, a meu ver, tem toda influência no resultado de experiência semelhante. E, se o tempo não dá conta de nos colocar de volta nos trilhos, certamente é o momento de pedir ajuda a um profissional.

Nosso cotidiano está cercado de ameaças desse tipo: violência, acidentes, abusos, assaltos, catástrofes ocorrem a todo tempo. Como lidar com isso? Como evitar que qualquer desses acontecimentos nos afetem o cotidiano? É claro que existem alguns cuidados que nos ajudam a evitar tais eventos. Mas não estamos de todo protegidos em lugar algum, nem por isso é preciso deixar de viver. Quando um desses eventos nos tranca em um mundo diferente daquele que constumávamos viver, precisamos de alguma ajuda para voltar a vida. O filme SEM MEDO DE VIVER retrata deferentes reações de alguns dos sobreviventes de um acidente de avião. Leia mais clicando aqui.

Em Gestalt-terapia, o trabalho será com a pessoa que vive o transtorno, e, ampliando seu foco para além de seus sintomas. Há, assim, a possibilidade de dar suporte ao cliente, até que ele possa encontrar em si, as ferramentas necessárias para ampliar seu potencial. “Estar com” o cliente é primordial para compreender suas possibilidades. Qualquer ferramenta que o psicoterapeuta use, objetiva estimular a integração do ser, que após ser atingido pela experiência traumática, encontra-se alterado. Para tanto, é importante conhecer como o evento vivenciado está afetando seu funcionamento presente. Considerando cada caso e os possíveis prejuízos que acompanham o cliente, pode ser necessário indicar um psiquiatra para o trabalho em equipe, pois em muitos casos a intervenção medicamentosa pode favorecer o trabalho psicoterápico.